Summary Recommendations - ESRA
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Tonsillectomy 2019

Summary Recommendations

O PROSPECT fornece aos clínicos argumentos de apoio a favor e contra a utilização de várias intervenções na dor pós-operatória com base em evidência publicada e na opinião de especialistas. Os clínicos devem tomar decisões baseadas nas circunstâncias clínicas e regulamentações locais. Em todas as situações, as informações locais sobre prescrição das drogas mencionadas, devem ser sempre consultadas.

Graus de Recomendação (GoR) e níveis de evidência (LoE)

São atribuídos GoRs de acordo com os LoE gerais em que essas recomendações se baseiam e que é determinado pela qualidade e pela fonte da evidência: Relação entre a qualidade e fonte de evidência, níveis de evidência e graus de recomendação.

A tonsilectomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais frequentemente realizados e a gestão da dor continua a ser desafiante. Foi identificada como um dos procedimentos cirúrgicos mais dolorosos (Gerbershagen 2013), provavelmente porque a dor continua mal gerida na prática clínica (Gerbershagen 2013; Maier 2010; Persino 2017). A tonsilectomia é única por vários motivos incluindo o tipo de trauma do tecido; a exposição da ferida em cicatrização ao movimento da faringe durante a ingestão; o risco de hemorragia e limitações na escolha de medicamentos, particularmente nas crianças.

O objetivo desta diretriz de procedimento específico é fornecer aos médicos evidências atualizadas para uma ótima gestão da dor na tonsilectomia e recomendações feitas com base nestas evidências, efeitos adversos e considerações sobre os riscos das intervenções.

Embora estejam disponíveis outras diretrizes para a gestão da dor da tonsilectomia (Ericsson 2015; Paganelli 2014), nenhuma usou a metodologia PROSPECT para avaliar criticamente a literatura disponível. Isto inclui uma abordagem sistemática baseada em evidências, a inclusão de um regime analgésico básico para avaliação da eficácia, um balanço entre a eficácia e a segurança e um processo Delphi para as recomendações finais com um grupo internacional de anestesistas e cirurgiões envolvidos.

Recomendado: Intervenções pré- e intraoperatórias

  • Salvo indicação em contrário, “pré-operatório” refere-se a intervenções aplicadas antes da incisão cirúrgica e “intraoperatório” refere-se a intervenções aplicadas após a incisão e antes do encerramento da ferida
  • Os analgésicos devem ser administrados na altura apropriada (pré- ou intraoperatoriamente) de modo a dar analgesia suficiente na fase inicial do recobro
Paracetamol e AINEs
  • O regime analgésico básico deve incluir paracetamol (Grau D) e medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)(Grau A) administrados pré- ou intraoperatoriamente e mantidos na fase pós-operatória.
Dexametasona intravenosa
  • Uma dose única de dexametasona intravenosa é recomendada (Grau A) pelos seus efeitos analgésicos e antieméticos.
Adjuvantes analgésicos
Acupuntura
  • A acupuntura intraoperatória e pós-operatória é recomendada como um adjuvante analgésico (Grau B).
Considerada quando os analgésicos de primeira linha são contraindicados
Gabapentinoides
  • Os gabapentinoides pré-operatórios podem ser considerados em pacientes com contraindicações ao regime analgésico básico.
Dexmedetomidina
  • A dexmedetomidina intraoperatória pode ser considerada em pacientes com contraindicações ao regime analgésico básico.
Cetamina
  • A cetamina intravenosa intraoperatória (apenas em crianças) pode ser considerada em pacientes com contraindicações ao regime analgésico básico.
  • Deve ser administrada no início do procedimento cirúrgico numa dose intravenosa única.

Recomendado: Intervenções pós-operatórias

  • A menos que mencionado doutra forma, “pós-operatório” refere a intervenções aplicadas no ou após o encerramento da ferida
  • Os analgésicos devem ser administrados na altura apropriada (pré- ou intraoperatoriamente) de modo a dar analgesia suficiente na fase inicial do recobro
Paracetamol e AINEs
  • O regime analgésico básico deve incluir paracetamol (Grau D) e medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)(Grau A) administrados pré- ou intraoperatoriamente e mantidos na fase pós-operatória.
Opioides
  • Os opioides devem ser reservados como analgésicos de recurso na fase pós-operatória (Grau D).
Adjuvantes analgésicos
Mel
  • O mel no pós-operatório é recomendado como um adjuvante analgésico (Grau B).
Acupuntura
  • A acupuntura intraoperatória e pós-operatória é recomendada como um adjuvante analgésico (Grau B).

Intervenções anestésicas que não são recomendadas para a gestão da dor em pacientes submetidos a tonsilectomia.

Recomendações gerais para a gestão da dor em pacientes submetidos a tonsilectomia.